Brasil dispõe-se a facilitar a vida ao turista
O Brasil prepara um conjunto de medidas para facilitar a vida ao turista, especialmente nos seus deslocamentos até ao país e dentro dele, com um aumento de rotas aéreas e um melhor acesso às suas maravilhas, afirma em entrevista com a Efe o número dois do Ministério do Turismo do país, Alberto Alves.
Alves, que se encontra na capital portuguesa para participar na Bolsa de Turismo de Lisboa (BTL), que arranca hoje, explica que as autoridades pretendem aumentar o peso de um setor crescente no país, -já fornece 3,3% do PIB-, tornando as coisas mais simples.
O principal terreno que identificam para trabalhar é a conexão aérea do Brasil, que às vezes parece, ressalta Alves, uma espécie de “continente” pelas suas dimensões e no qual é fundamental “facilitar a vida do turista para mobilizar-se” de forma direta a outros destinos além das grandes cidades.
Não se trata apenas de ligar mais o Brasil com o resto do mundo, mas dentro do próprio país, onde querem aumentar as rotas nacionais.
“Isso vai facilitar muito a vida do turista”, insiste Alves, que também aposta por tornar mais acessível o turismo ecológico e oferecer aos visitantes mais segurança.
Tudo faz parte de uma estratégia para reforçar o peso desta atividade e que se transforme numa parte importante da recuperação económica do país, como destaca o secretário-executivo.
“Estamos a trabalhar mais do que nunca para inserir o Ministério do Turismo dentro da matriz económica do Governo brasileiro”, aponta Alves.
A proposta de facilitar as coisas alcança também os profissionais do setor, para os quais, assegura o número dois do Ministério, as autoridades estão a “atualizar a legislação geral do turismo para permitir que seja simplificada e o empresário realmente investa no Brasil”.
Com isso, acrescenta, procura-se que a economia “cresça e se crie emprego” ao redor do turismo, que já emprega no gigante sul-americano cerca de 7,3 milhões de pessoas de forma direta ou indireta.
São estas propostas que o Brasil leva à BTL, a maior feira portuguesa do setor, que na sua vigésima nona edição contará com a presença de 1.200 entidades de 42 países.
Para Alves, trata-se de uma grande oportunidade porque o evento abre “duas janelas importantes” para o gigante sul-americano, a primeira ter a possibilidade de “encontrar compradores profissionais” com uma oferta “inovadora e competitiva”, e a segunda, que o público conheça os destinos brasileiros.
A proposta, “muito variada e rica”, contém ingredientes conhecidos como praias paradisíacas, gastronomia, ou maravilhas como a Amazónia brasileira, combinada com esta intenção de “facilitar”, insiste, o desenvolvimento da atividade turística.
Crédito Efe